sexta-feira, 23 de maio de 2025

VISITA À FAMÍLIA

Chegou o momento de fazer uma pausa. Até ao final de junho a minha atividade neste blogue será menos regular, com alguns apontamentos pontuais. Vou visitar a família e realizar um sonho: Publicar o meu primeiro livro de crónicas.

Através das redes sociais, Linkedin, Facebook e Instagram, manterei os meus companheiros e amigos informados, podendo desde já adiantar que estarei presente na Feira do Livro de Lisboa, no próximo dia 16 de junho, entre as 19h00 e as 19h45, para uma sessão de autógrafos.

Espero ver-vos por lá. Até breve!

quinta-feira, 22 de maio de 2025

SANTA RITA DE CÁSSIA

"Nada é impossível para aquele que tem fé."

Santa Rita de Cássia é conhecida como a Santa das Causas Impossíveis, e a sua vida foi marcada pela sua perseverança, fé e superação. O dia 22 de maio é-lhe dedicado porque marca a data da sua morte, ocorrida na noite entre 21 e 22 de maio de 1447.

Após a sua morte, diversos milagres foram atribuídos à sua intercessão, fortalecendo a sua devoção ao longo dos séculos. A sua celebração a 22 de maio é um momento de reflexão sobre a força da fé diante das adversidades.

A sua canonização ocorreu em 24 de maio de 1900 pelo Papa Leão XIII e, desde então, a sua festa litúrgica é celebrada anualmente a 22 de maio. Em várias cidades ao redor do mundo, especialmente em Itália e no Brasil, essa data é marcada por missas, procissões e bênçãos das rosas, um dos símbolos associados à santa.

terça-feira, 20 de maio de 2025

A TÉCNICA DO SALAME

Uma das atividades que exerço profissionalmente é a formação profissional. Inicialmente, a temática que mais desenvolvi foi associada à área comercial, com principal incidência nas vendas e na negociação. Neste último domínio, evoluí para um âmbito mais amplo, e não estritamente focado nas transações mercantilistas. Em boa verdade, não nos apercebemos da quantidade de negociações que fazemos diariamente, muitas delas dando suporte às decisões que quotidianamente temos necessidade de tomar.

Este preambulo foi apenas para enquadrar o título desta crónica, pois é a denominação de uma estratégia ou técnica negocial. Visualmente, consiste em irmos retirando fatias finíssimas de um salame, de forma que ninguém dê conta que ele vai diminuindo e nós apropriando-nos lentamente do seu todo. Esta técnica é muito usada quando estamos em presença de opositores que têm dificuldade em ceder partes significativas do seu espólio, mas que não são muito observadores e paulatinamente vão vendo o seu património ser reduzido, mas sem se darem conta do que está a acontecer.    

Lembrei-me desta técnica negocial, enquanto refletia sobre a estratégia do Chega nas eleições de domingo. Aqueles que como eu eram adolescentes ou jovens em 1974, quando se deu o 25 de abril, pensam, talvez ingenuamente, que a possibilidade de um partido de extrema-direita governar Portugal é pura ficção. Mas se ainda não tínhamos dado conta de que estávamos enganados, depois do que ontem se passou com os resultados eleitorais das legislativas 2025, não temos mais desculpa para continuarmos a fazer como a avestruz, e metermos a cabeça debaixo da areia.

Em apenas seis anos, o Chega, chegou viu e venceu. Não venceu ainda estas eleições, mas, se não abrirmos os olhos, irá ganhar as próximas eleições. Basta continuarmos a manter a atitude arrogante bem patente em políticos como o Nuno Melo, que julga que está na tropa e pensa que a antiguidade é um posto. Recordo-me de que no debate com o Livre, em que se sentiu ofendido por o Rui Tavares ter indigitado Isabel Mendes Lopes para representar o grupo parlamentar, ter referido que o CDS era um partido que fazia parte da história da democracia portuguesa, com cinquenta anos de existência, enquanto o Livre era apenas um adolescente com dez anos de vida. Pois ao Chega bastou apenas chegar à idade pré-escolar para ser a segunda força política nacional, e conquistar vinte e seis por cento dos lugares na Assembleia da Républica.

Pode ser que o Rui Tavares, que é licenciado em História, estimulado por ter conseguido mais dois deputados do que nas eleições anteriores, comece a realizar uns workshops pós-laborais para os nossos líderes políticos, explicando como a Républica derrotou a Monarquia, a Anarquia se instalou na Républica, o Fascismo limpou a Anarquia, a Democracia venceu o Fascismo, e o Totalitarismo e a Extrema-direita estão a exterminar a Democracia. Seja através dos ideais imperialistas de Putin, do fanatismo de Netanyahu ou da ambição desmedida de Trump, não faltam alertas para que não nos deixemos adormecer, despertando quando já estivermos manietados.  

É preciso oferecer soluções de vida aos eleitores, colocar a causa pública acima dos interesses pessoais, e mostrar maturidade para inspirar confiança. Não chega caluniar um alvo, quando outros mais espertos, nos metem no mesmo saco para apanharmos a boleia daqueles que pretendemos denegrir. Foi o que o Chega fez com o PS, temperando o prato com a exploração de ódios sociais e a fragilidade da saúde, que só não sortiu mais efeito pela irreverência do André Ventura, e de ter tido a sorte de não se cruzar com nenhum cigano no hospital. Sim, porque não existisse esse risco, ele teria recusado o privilégio de tratamento VIP, pois quem é humilde e vive numa casa de 30 m2, não precisa dessas mordomias.

Espero que a AD não se deslumbre, como aconteceu no domingo com o Sebastião Bugalho na CNN. Esquecendo-se como chegou à política, culpou a comunicação social pelo excessivo destaque informativo que deram aos partidos de esquerda. É caso para dizer, que mesmo não tendo tido qualquer efeito eleitoralista, há que manter o discurso do queixoso, pois quem não chora não mama. E mesmo assim, a mama está a acabar, como o André Ventura disse no seu discurso de vitória.

Cuidemos e olhemos pelo nosso salame, senão, um dia destes, quando nos formos servir encontramos apenas o sítio aonde o deixamos.

 

"A negociação bem-sucedida é aquela em que o outro lado cede sem perceber que está cedendo."

Henry Kissinger (diplomata, cientista político e estratega estado-unidense)


segunda-feira, 19 de maio de 2025

ANÍBAL CAVACO SILVA

Completam-se hoje 40 anos, que Cavaco Silva foi eleito líder do Partido Social Democrata (PSD), em 19 de maio de 1985.

Aníbal Cavaco Silva é economista e foi Primeiro-Ministro de Portugal de 1985 a 1995, sendo o primeiro a conquistar uma maioria absoluta sob o sistema constitucional vigente. Posteriormente, foi Presidente da República de 2006 a 2016, sucedendo a Jorge Sampaio e antecedendo Marcelo Rebelo de Sousa. É reconhecido pela sua contribuição para a integração de Portugal na União Europeia e pelas suas políticas económicas que marcaram a sua gestão.

Nascido em Boliqueime, em 15 de julho de 1939, formou-se em Economia e Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa e posteriormente obteve um doutoramento em Economia Pública pela Universidade de Iorque, no Reino Unido. Antes de ingressar na política, foi professor universitário e investigador na Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1974, aderiu ao Partido Social Democrata (PSD), que na época ainda se chamava Partido Popular Democrático (PPD). Trabalhou no Banco de Portugal e acumulou experiência na área económica antes de assumir cargos políticos de maior relevância.

Foi nomeado Ministro das Finanças em 1980, durante o governo liderado por Francisco Sá Carneiro. Em 1985, tornou-se líder do PSD e venceu as eleições legislativas, assumindo o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal. O seu governo foi marcado por uma forte aposta na modernização económica e na integração europeia.

Durante os dez anos que foi Primeiro-Ministro (1985-1995), Portugal passou por um período de crescimento económico significativo, impulsionado por investimentos estruturais e pela entrada do país na União Europeia.

Após um período em que se manteve afastado da política, candidatou-se à Presidência da República e venceu as eleições em 2006. Durante os seus dois mandatos, enfrentou desafios como a crise económica iniciada em 2008, que afetou Portugal profundamente. Apesar de ter sido reeleito em 2011, a sua popularidade foi impactada pelas dificuldades económicas do país.

Em 2015, após as eleições legislativas que resultaram num parlamento fragmentado, convidou Pedro Passos Coelho a formar um governo minoritário, uma decisão que gerou controvérsias e acabou levando a um voto de desconfiança.

Cavaco Silva é recordado pela sua gestão económica, a sua influência na integração europeia e a sua longevidade política. O seu governo como Primeiro-Ministro foi o mais longo desde Salazar, e o mais duradouro entre os líderes eleitos democraticamente em Portugal. O seu estilo de liderança, focado na estabilidade económica e na modernização do país, deixou marcas profundas na política portuguesa. 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

JOSÉ PACHECO PEREIRA

Acho que nunca escrevi um artigo em estado de maior indignação. O que se passa em Gaza e no território da Autoridade Palestiniana convoca não só a política, a geopolítica, as relações de forças entre Estados, o mundo do “Ocidente” e do Oriente, todos os conflitos em curso, o “Sul global”, o papel das Nações Unidas, mesmo o direito internacional, convoca tudo o que quiserem, mas tudo está abaixo de um repto moral, de uma obrigação de falar, de um dever de protestar e atuar perante um massacre cruel, diante dos nossos olhos, de um povo, o palestiniano.

Só conheço uma comparação para esta indiferença, vergonhosa e também, ao mesmo tempo, a mais certeira e, num certo sentido, a mais diabólica: o encolher de ombros de todos os que sabiam que o Holocausto estava em curso –​ e havia muitos altos responsáveis entre os inimigos dos alemães que sabiam – e nada fizeram.

E não me venham com a história do antissemitismo, que é um argumento insultuoso para justificar os crimes de Israel, da mesma natureza que o canto “desde o rio até ao mar” serve para justificar o massacre do Hamas. Estão bem uns para os outros.

Já sabemos que tudo começou com um massacre perpetrado pelo Hamas e que devia ter uma resposta israelita dura, como teve. Mas o que se passa nos dias de hoje é outra coisa, é outro patamar político, racial, nacional, que nada tem a ver com uma resposta com qualquer racionalidade militar para combater o Hamas. É uma política de destruição em massa de um povo e do seu “lugar”, e conheceu mais um agravamento na semana passada, com o anúncio da anexação de mais uma parte do território de Gaza ao Estado de Israel. Trata-se, certamente, de preparar a “Riviera” que um Presidente demente diz querer fazer. Bastava esta declaração de Trump, com a aquiescência cínica e interesseira de Bibi, para nós percebermos o grau de loucura que está à frente da maior potência mundial.

Ah! Sim, muita gente diz-se preocupada todas as vezes que Trump abre a boca, ou move as mãos para fazer aquela assinatura infantil em mais uma ordem executiva à margem da Constituição e dos poderes do Congresso, mas isso não chega. Em particular, não chega para a hipocrisia moral de muitos países da União Europeia, como Portugal, que nem sequer o passo de reconhecer o Estado palestiniano são capazes de dar. É uma atitude quixotesca? Se for levada a sério, com a instalação de embaixadas no novo Estado, a assinatura de acordos económicos, políticos e militares, com um Estado soberano, então a coisa fia mais fino. Acresce que Israel, violando todas as regras do direito internacional, conduzindo um massacre quotidiano, não tem sanções.

No entretanto, todos os dias se mata gente inocente, crianças, mulheres, velhos, sem sequer qualquer racionalidade militar que não seja destruir, matar ou atirar para fora da sua terra milhões de pessoas, para depois terraplanar as ruínas e lá instalar colonos israelitas, os mesmos que andam também a matar palestinianos nas terras da Autoridade Palestiniana, a base eleitoral dos partidos da extrema-direita que estão no governo de Bibi. Quem acredita que o que Bibi quer é dar a Trump os hotéis de luxo e as praias da costa de Gaza para fazer vários Mar-a-Lago, e que alguma vez alguém vai lá por o seu rico dinheiro para fazer uma estância turística, rodeada, por terra, por três muros e um pequeno exército de segurança e, por mar, por patrulhas em lanchas, está tão demente como Trump. Não é o caso de Bibi que quer outras coisas, todas locais, todas no Médio Oriente, todas culminando num ataque ao Irão. Para isso, ele até é capaz de construir a tal Riviera vazia de gente, como as aldeias Potemkin em cartão, deslocadas de quarteirão em quarteirão, para a glória de Trump e depois, conseguindo o que quer, trazer o seu eleitorado de extrema-direita para tomar banho na sua Riviera.

E, já agora, não convinha perguntar, em plenas eleições, algo de verdadeiramente importante ao PS, ao PSD, ao CDS, ao Chega, por aí adiante, se, chegando ao Governo, estão dispostos a reconhecer o Estado palestiniano, estão dispostos a impor sanções a Israel e a usar todos os meios ao dispor de um Estado da União Europeia para punir os criminosos? E, para além disso, o que é que eles acham do que se está a passar com as crueldades de Israel em Gaza?

As respostas seriam até uma razão bem mais sólida e moral para decidir o voto.

In Público, 10/05/2025 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE

Porque o homem esquece, mas a história não, não será demais recordar que há precisamente 77 anos, a 15 de maio de 1948, começava a Guerra Árabe-Israelense, logo após a declaração de independência de Israel. 

Os países árabes vizinhos — Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e Arábia Saudita — rejeitaram a criação do Estado de Israel e lançaram uma ofensiva militar contra o novo país.

O conflito foi um desdobramento da Guerra Civil na Palestina Mandatária (1947-1948), que já havia gerado tensões entre judeus e árabes palestinianos. A guerra resultou na vitória israelense, consolidando o Estado de Israel e alterando significativamente a geopolítica da região. Israel conseguiu expandir o seu território além do que havia sido proposto no Plano de Partilha da ONU, enquanto a Jordânia ocupou a Cisjordânia e o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza.

O conflito terminou oficialmente em 10 de março de 1949, após uma série de acordos de armistício assinados entre Israel e os países árabes envolvidos. Esses acordos consolidaram a vitória israelita e redefiniram as fronteiras da região.

Como principais consequências, destaca-se a expansão territorial de Israel para além das áreas previstas no Plano de Partilha da ONU, conquistando cerca de mais cinquenta por cento de território que seria destinado ao futuro Estado da Palestina.

Este facto juntamente com a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, pela Jordânia e pelo Egito deu lugar à criação do problema dos refugiados palestinianos. Centenas de milhares de palestinianos foram desalojados das suas terras, dando origem à questão dos refugiados, que permanece um dos temas centrais do conflito árabe-israelense. Esta guerra estabeleceu um padrão de hostilidade entre Israel e os países árabes, levando a novos conflitos nas décadas seguintes. 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

STEPHEN HAWKING

A inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança."

Stephen Hawking foi um dos mais reconhecidos físicos teóricos e cosmólogos do século XX. Nascido em 8 de janeiro de 1942, em Oxford, Inglaterra, revolucionou a compreensão dos buracos negros e da origem do universo. A sua teoria da radiação de Hawking demonstrou que buracos negros não são completamente "negros", mas emitem partículas subatómicas ao longo do tempo.

Apesar de ter sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, uma condição que gradualmente o paralisou, Hawking continuou as suas pesquisas e tornou-se um dos cientistas mais influentes da história. Ele ocupou a prestigiosa cadeira de Professor Lucasiano de Matemática na Universidade de Cambridge, a mesma que já foi ocupada por Isaac Newton.

Além das suas contribuições científicas, Hawking também se destacou na divulgação científica. O seu livro Uma Breve História do Tempo vendeu milhões de cópias e ajudou a popularizar conceitos complexos da física para o público geral. Ele faleceu em 14 de março de 2018, deixando um legado imenso para a ciência e para a humanidade. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS

Esta expressão popular, "Os últimos serão os primeiros" tem origem bíblica e aparece em diversos trechos do Novo Testamento, refletindo um princípio espiritual ensinado por Jesus, e enfatizando que no Reino de Deus a lógica humana de mérito e posição social não se aplica.

Um dos contextos em que essa frase aparece é na Parábola dos Trabalhadores da Vinha (Mateus 20:1-15), onde um proprietário contrata trabalhadores ao longo do dia e, no final, paga a todos o mesmo valor, independentemente do tempo trabalhado, gerando insatisfação entre os primeiros contratados. Jesus usou essa história para ilustrar a graça divina, que não se baseia em esforço humano, mas na generosidade de Deus.

Além do contexto religioso, a expressão também é usada de forma figurada para indicar que aqueles que inicialmente parecem estar em desvantagem podem, no final, alcançar posições de destaque. Por exemplo, na filosofia essa ideia pode ser relacionada com o conceito de justiça reversa ou compensação moral, onde aqueles que foram negligenciados ou injustiçados podem, em algum momento, alcançar reconhecimento. Esse pensamento está presente em diversas reflexões sobre mérito e destino, em obras de pensadores como Pascal e Nietzsche.

Ao longo da história, muitos indivíduos começaram como "últimos" e acabaram tornando-se figuras essenciais. Um bom exemplo é Abraham Lincoln, que teve uma infância humilde antes de se tornar presidente dos EUA. Outro exemplo é Joana d’Arc, que passou de uma simples camponesa a líder militar e símbolo nacional.

A expressão também pode ser interpretada no contexto do esforço humano e da resiliência. Pessoas que enfrentam dificuldades podem desenvolver habilidades e força que as impulsionam além daqueles que começaram com vantagens. Essa visão é frequentemente explorada em histórias de superação. Muitos filmes, livros e histórias usam essa ideia como tema central. Narrativas de personagens que começam como desfavorecidos, mas superam obstáculos para se tornarem protagonistas, são comuns na literatura e no cinema, como nas histórias d’O Conde de Monte Cristo ou do Rocky.

Mas a prosa já vai longa e ainda não expliquei porque é que esta expressão me veio à mente. Ocorreu-me por contraposição do significado da mesma, quando refletia acerca das sondagens que têm sido tornadas públicas, sobre as eleições legislativas antecipadas que decorrerão no próximo domingo em Portugal, dia 18 de maio de 2025. Penso que neste caso, dos partidos atualmente com assento parlamentar, os últimos serão mesmo os últimos.

Refiro-me ao PAN e à sua ideia peregrina de estabelecer uma rede pública de serviços médico-veterinários (SNS Animal), através da criação ou construção de Hospitais Veterinários Públicos. Quem me conhece bem sabe da relação que tenho com os animais de estimação, tendo atualmente um companheiro peludo, o Spock, um felino gato africano, preto e branco, muito meigo e brincalhão. Porém, parece-me não ser uma prioridade, até porque não entendo muito bem como se faria o recenseamento animal.

Não imagino que um partido que defende também o direito de voto aos 16 anos, pense numa medida destas apenas para animais adotados, cujos donos possam realizar o registo dos seus bichanos no SNS Animal. Então o que seria de todos os restantes animais “livres”, ditos vadios, que deambulam pelos bairros das nossas povoações? Ganhariam o estatuto de “sem abrigo animal”, ou de “imigrantes animais ilegais”, com a possibilidade de serem deportados para a Animalândia, um país imaginário e distante, com uma realidade urbana distópica aonde se comeriam uns aos outros?

Sei que chegados a este ponto poderei estar a ser insultado, no mínimo, como idiota, expressão que virou a insulto nos Big Brothers, e no uso quotidiano, sendo empregado de forma pejorativa para indicar alguém tolo, imprudente ou que age sem reflexão, esquecendo-se, no tempo, a sua origem no grego idiṓtēs, que se referia a um indivíduo que não participava da vida pública, ou seja, alguém afastado das questões sociais e políticas.

Mas deixemos as questões etimológicas, para irmos até outro partido político, que garantidamente não ficará em último, mas também não será primeiro. Refiro-me ao Chega, e aos afrontamentos, que ainda não chegaram a enfrentamentos, com a comunidade cigana nos locais por onde tem passado a caravana em campanha eleitoral. Sem retirar algum detalhe em que André Ventura possa ter alguma razão fundamentada, será que os benefícios que ele aponta em que esta comunidade é favorecida, são exclusivos deste grupo? Não será mesmo uma atitude racista e de perseguição? Bem sei que um partido que defende uma democracia ampla, em que todos paguem, mesmo que não utilizem, como é o caso da medida de abolição das portagens, não pode ser considerado segregacionista e discriminador. Sim, agora assumo que estou a ser irónico, propositadamente.

A escolha que nós, portugueses, temos de fazer no próximo domingo é difícil. Para além destes dois partidos de que falei, temos dois que apenas defendem uma pequena parcela dos trabalhadores que compõem o eleitorado nacional, cerca de um décimo. Refiro-me ao BE e à CDU. Outros dois partidos, o Livre e a IL, pretendem aportar novas ideias, mas sem provas dadas sobre a sua governabilidade. Restam-nos os dois maiores. Um que se gaba de ter posto a CP a dar lucro e a ser campeã de greves, e um Luis que pede que o deixem trabalhar, mas que não sabemos que se tal lhe consentirmos, terá tempo para governar o país.

Neste balanço, parece-me mais adequado terminar com uma outra expressão popular, diferente da que deu título a esta crónica. “Entre mortos e feridos, alguém há de escapar.”

 

"A política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros."

  Henry de Montherlant (escritor, ensaísta e dramaturgo francês)


sexta-feira, 9 de maio de 2025

ANÓNIMO

Um casal mudou-se para um novo bairro. Na manhã do dia seguinte, enquanto bebiam café a mulher olhou para a janela e viu a vizinha a estender roupas. Imediatamente comentou com o marido:

- Que porca a nova vizinha! Como é que tem coragem de pendurar no estendal as roupas mal lavadas.... Está tudo amarelo! Se eu tivesse intimidade com a vizinha dizia-lhe se queria umas aulas para lavar a roupa como deve de ser!

- Sai da janela mulher (indica o marido)

Dias depois, novamente durante o pequeno-almoço a vizinha pendurava lençóis no estendal e a mulher comentou com o marido:

- Olha lá a coitada.... Acho que não tem sabão em casa, nunca vi uma roupa branca naquela casa.

- Sai da janela mulher (indica o marido)

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia o mesmo discurso, enquanto a vizinha pendurava as roupas no estendal:

- Nunca vi tanta porcaria. Acho que nem roupa branca ela tem, só́ vejo amarelas...

Passado um tempo a mulher ficou surpreendida ao ver uns lençóis muito brancos no estendal, empolgada foi dizer ao marido:

- Até que enfim teve vergonha na cara e aprendeu a lavar as roupas. Será́ que outra vizinha lhe explicou? Porque eu não fiz nada...

O marido respondeu:

- Na verdade eu hoje acordei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

Moral da história:

Assim é a vida. Aquilo que vemos quando olhamos para os outros depende de quão limpas estão as janelas através das quais olhamos. Antes de criticar e procurar algo no outro para julgar, quem sabe não seja melhor perguntar se não estamos prontos para um novo olhar.

Limpe a sua "janela", abra a sua janela! 

quinta-feira, 8 de maio de 2025

JOANA D'ARC

Em 8 de maio de 1429, Joana d'Arc liderou as forças francesas na libertação de Orleãs, um momento crucial na Guerra dos Cem Anos.

Joana d'Arc foi uma figura histórica fascinante e uma das mais emblemáticas de França. Nascida por volta de 1412 em Domrémy, ela era uma camponesa que alegava receber visões divinas do arcanjo Miguel, de Santa Margarida e de Santa Catarina. Essas visões instruíram-na a ajudar Carlos VII a recuperar o trono francês durante a Guerra dos Cem Anos.

Com apenas 17 anos, Joana D’Arc liderou as tropas francesas e desempenhou um papel crucial na libertação de Orleãs em 1429, um evento que mudou o curso da guerra. A sua coragem e a sua determinação elevaram a sua reputação, permitindo que Carlos VII fosse coroado rei na Catedral de Reims.

No entanto, a sua trajetória foi interrompida em 1430, quando foi capturada pelos Borguinhões e entregue aos ingleses. Acusada de heresia e bruxaria, foi julgada e condenada à morte na fogueira em 30 de maio de 1431, aos 19 anos. Anos depois, a sua condenação foi anulada, e em 1920, Joana foi canonizada pela Igreja Católica, tornando-se um símbolo de fé e patriotismo francês.

A sua história continua a inspirar debates sobre liderança, coragem e espiritualidade. 

quarta-feira, 7 de maio de 2025

RENDIÇÃO DA ALEMANHA NAZI AOS ALIADOS

Há precisamente 80 anos, a 7 de maio de 1945, em Reims, França, o general alemão Alfred Jodl assinou a rendição incondicional da Alemanha perante os Aliados ocidentais.

Contudo, em 8 de maio de 1945, data que ficou conhecida como o Dia da Vitória na Europa, é que foi oficialmente assinado o documento que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

Nesta segunda data, em Berlim, houve uma cerimónia de rendição para satisfazer a exigência da União Soviética de uma assinatura formal no seu setor da cidade. Nessa cerimónia, o marechal Wilhelm Keitel assinou o documento perante os soviéticos.

Na Rússia e nalguns países da antiga URSS, o Dia da Vitória é comemorado em 9 de maio, devido ao fuso horário de Moscovo. 

terça-feira, 6 de maio de 2025

SIGMUND FREUD

"Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons."

Sigmund Freud (1856–1939) foi um médico neurologista austríaco, fundador da psicanálise, um campo que revolucionou a compreensão da mente humana. Desenvolveu teorias sobre o inconsciente, os sonhos, e os mecanismos de defesa psicológicos, além de conceitos como o id, ego e superego. Freud acreditava que muitos dos conflitos internos das pessoas derivavam de desejos reprimidos, especialmente relacionados com a infância.

A sua obra influenciou não apenas a psicologia, mas também a literatura, a arte e a filosofia. O complexo de Édipo, é uma teoria desenvolvida por ele sobre o desenvolvimento infantil. Freud passou grande parte da sua vida em Viena, mas fugiu para Londres em 1938 devido à perseguição nazista. Faleceu em 1939, deixando um legado que continua a ser debatido e estudado até hoje. 

sexta-feira, 2 de maio de 2025

ADEUS, FRANCISCO

Francisco partiu de consciência tranquila, pois num mundo caótico como aquele em que vivemos hoje, nada mais poderia ter feito. Todavia, despediu-se da vida com a inquietude de quem deixa uma missão a meio, talvez impossível de finalizar, mesmo que os dons divinos o tornassem imortal.

O Papa Francisco, ou o Padre Jorge, como gostava que o tratassem, nasceu em Buenos Aires a 17 de dezembro de 1936, tendo sido batizado com o nome de Jorge Mario Bergoglio. Descendente de uma família de imigrantes italianos, o seu pai era um trabalhador ferroviário e a sua mãe dona de casa. Praticou basquetebol no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre.  Torcedor sanlorencista assumido, afirmou que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos. 

Nascido e criado no bairro de Flores, atual sede do San Lorenzo, o Papa Francisco era o mais velho de cinco filhos. Tinha formação como técnico de química pela Escuela Técnica Industrial N° 27 Hipólito Yrigoyen. Ainda jovem, teve uma doença respiratória que o obrigou a submeter-se a uma cirurgia de remoção de um pulmão. Durante a sua adolescência, teve uma namorada chamada Amalia que, segundo ela, a terá chegado a pedir em casamento e afirmado que se ela não aceitasse se tornaria padre.

Foi o primeiro papa nascido na América, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1 200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.

Ao longo de toda a sua vida pública, o Papa Francisco destacou-se pela sua humildade. Tinha uma abordagem menos formal ao papado do que os seus antecessores, escolhendo residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico, usados pelos papas anteriores. Ele sustentava que a Igreja deve ser mais aberta e acolhedora, colocando ênfase na misericórdia de Deus, na preocupação com os pobres e no compromisso com o diálogo inter-religioso. Era contra o capitalismo desenfreado, o marxismo e versões da teologia da libertação. Mantinha as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical.

Na diplomacia internacional, ajudou a restaurar temporariamente as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba e apoiava a causa dos refugiados das crises migratórias da Europa e da América Central. Enfrentou críticas abertas, particularmente de conservadores teológicos, sobre muitas questões. Defendeu acerrimamente o combate de abusos sexuais por membros do clero, tornando obrigatórias as denúncias e responsabilizando quem as omite.

Manteve o sorriso e o bom humor que o caracterizava até ao último suspiro. Com enormes dificuldades respiratórias pela enfermidade que o tinha mantido internado muitos dias, trabalhou ainda no dia em faleceu, tendo na véspera, Domingo de Páscoa, aparecido no meio dos fiéis na Praça de São Pedro.

Foram respeitadas as suas vontades quanto à forma como pretendia ser sepultado e o caixão em que o seu corpo devia ser depositado. Decerto teria vontade de fazer como o Pinto da Costa, e nomear os que não queria ter no seu funeral. Tenho a certeza que o pensou, e teria muito bem identificadas essas pessoas. Mas mesmo que o pudesse fazer, nunca o faria, pois era o representante máximo da Igreja, instituição que sempre defendeu ser de TODOS e TODOS acolher.

Assisti, pela televisão, aos momentos mais marcantes das exéquias e de todo o cerimonial que as envolveram. Não pelo sentido religioso, mas pela perda de um homem bom que soube usar o poder que lhe foi conferido, senti algumas lágrimas rolarem no meu rosto. Em contraste, fui por vezes invadido por um sentimento de revolta por aquilo que presenciava no espaço reservado aos convidados de honra. Que hipocrisia! Para completar tão “ilustre” plateia só faltaram Putin e Netanyahu. É evidente que no meio de tantos farsolas estava gente de bem, como Guterres e uns tantos outros.

Adeus, Francisco! Obrigado por todo o teu esforço de tentares construir um Mundo melhor, que o Homem não quis e não soube aproveitar.

 

"A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude."

 François de La Rochefoucauld (escritor e moralista francês)

quarta-feira, 30 de abril de 2025

ANA CRISTINA PASSOS FERREIRA

O grupo 1143 pretendia “manifestar-se” no Martim Moniz, em pleno 25 de Abril, mas o que estava planeado era outra coisa: provocar, alimentar o conflito, criar uma narrativa falsa de vitimização.

Os imigrantes que vivem na zona não estavam minimamente preocupados com o “porco assado” ou com as provocações. Estavam — como todos nós deveríamos estar — a viver o seu dia, com dignidade e em paz.

Quando não conseguem encontrar violência, fabricam-na.

Se não for contra imigrantes, será contra quem ousar passear livremente com um cravo na mão.

É sempre o mesmo truque antigo: infiltrar, provocar, agredir, culpar o outro.

E é aí que vemos a verdade: estes homens, que se acham “machos”, não passam de covardes.

Covardes que precisam da força bruta para esconder a fraqueza moral.

Covardes que, sem a manada, talvez não aguentassem nem um bom jogo de pernas de uma mulher corajosa.

Esses homens, que se acham “machos”, são apenas covardes.

Homens assim batem em mulheres. Homens assim precisam de uma manada para se sentirem fortes.

Homens assim nunca aguentariam a coragem de uma mulher frente a frente.

Aqui não há bandeiras políticas: há apenas um princípio humano.

Não tolero covardes. Não tolero quem usa a violência para impor o medo.

E não me importa se vêm da extrema-direita, da extrema-esquerda ou de qualquer outro extremo.

Quem não sabe respeitar o próximo, quem não sabe coabitar em liberdade, não é gente.

É pior que bicho — porque até os animais, muitas vezes, sabem ser mais racionais.

Liberdade nunca será sinónimo de violência.

Liberdade é respeito. 

terça-feira, 29 de abril de 2025

HIROHITO (IMPERADOR SHŌWA)

Hirohito (裕仁), 124º Imperador do Japão, nasceu a 29 de abril de 1901, em Tóquio, falecendo a 7 de janeiro de 1989, na mesma cidade. O seu reinado foi o mais longo da história japonesa, tendo durado 62 anos, entre 25 de dezembro de 1926 e 7 de janeiro de 1989. Ficou conhecido como o imperador Shōwa (昭和), que significa "paz iluminada" ou "era de esplendor harmonioso".

Filho do imperador Taishō, Hirohito foi educado para ser uma figura quase sagrada, como ditava a tradição imperial japonesa. Em 1921, ele fez uma viagem oficial à Europa — algo inédito para um príncipe japonês — e isso abriu sua visão sobre o Ocidente.

Hirohito era o imperador durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Embora o governo militar, que tinha como primeiro-ministro Hideki Tojo, tomasse a maior parte das decisões, Hirohito era visto como a autoridade suprema. Em 15 de agosto de 1945, ele anunciou a rendição do Japão num discurso de rádio histórico — a primeira vez que o povo japonês ouviu a voz do imperador. Esse discurso é muito famoso pelo que Hirohito pediu ao povo – que "suportasse o insuportável" para alcançar a paz.

Após a guerra, sob a ocupação americana, liderada pelo General Douglas MacArthur, Hirohito renunciou publicamente ao seu status de "divindade" em 1946, no chamado "Discurso da Humanidade" (人間宣言, Ningen Sengen). Mesmo assim, ele permaneceu como chefe de Estado simbólico do Japão até sua morte. O seu reinado viu o milagre económico japonês, com a sua rápida reconstrução e a transformação do Japão numa potência económica mundial.

Hirohito era conhecido como reservado, disciplinado e muito formal. Tinha grande interesse por biologia marinha, tendo publicado vários artigos científicos nessa área. Em público, ele mantinha uma imagem digna e distante, como esperado da tradição imperial, mas existem relatos de que em privado era afável e dedicado à ciência e à história.

Sua figura continua a ser controversa. Para muitos japoneses, ele foi um símbolo de estabilidade e renascimento. Para outros mais críticos, não ficou claro até que ponto ele aprovou ou permitiu os atos de agressão do Japão na guerra. Após a sua morte, o seu filho Akihito assumiu o trono e promoveu uma imagem ainda mais moderna e humana da monarquia japonesa.

O dia 29 de abril, data do seu aniversário, continua sendo feriado no Japão até hoje. Antes era chamado "Dia do Imperador", tendo depois virado para o "Dia da Era Shōwa" (昭和の日), fazendo parte da "Golden Week", um dos períodos mais festivos no Japão. 

segunda-feira, 28 de abril de 2025

PRIMEIRO VOO TURÍSTICO ESPACIAL

Há precisamente 24 anos, Dennis Tito ficou conhecido como o primeiro turista espacial da história. Em 28 de abril de 2001, embarcou na nave russa Soyuz TM-32 rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), após pagar cerca de 20 milhões de dólares pela experiência.

Antes de realizar esse feito, Tito já tinha uma conexão com o espaço, tendo trabalhado como cientista no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Ele também foi o fundador da Wilshire Associates, uma empresa de consultoria financeira, mas nunca perdeu o interesse pela exploração espacial.

Durante a estadia de oito dias na ISS, Tito participou em tarefas rotineiras e passou horas admirando a vista do espaço. Apesar de algumas tensões com a NASA, que inicialmente se opôs à sua viagem, ele descreveu a experiência como "estar no Paraíso" e afirmou que foi um sonho realizado. 

sexta-feira, 25 de abril de 2025

ALBERT EINSTEIN

"A liberdade, em qualquer dos casos, só é possível se lutarmos constantemente por ela."

Albert Einstein (1879–1955) foi um físico teórico alemão, amplamente reconhecido como um dos maiores cientistas da história, e conhecido por ter desenvolvido a teoria da relatividade, expressa pela famosa equação E = mc², que descreve a equivalência entre massa e energia.

Também contribuiu significativamente para o desenvolvimento da mecânica quântica, incluindo a explicação do efeito fotoelétrico, que lhe rendeu o Prémio Nobel de Física em 1921. Publicou uma série de artigos revolucionários em 1905, conhecido como o seu "ano miraculoso", que mudaram os fundamentos da física moderna.

Além das suas realizações científicas, Einstein foi um defensor da paz e dos direitos humanos, especialmente durante o período em que viveu nos Estados Unidos, após fugir da Alemanha nazi em 1933. A sua vida e a sua obra continuam a inspirar cientistas e pensadores ao redor de todo o mundo. 

terça-feira, 22 de abril de 2025

HELENA SACADURA CABRAL

SEPARAÇÃO

Eles nunca ficam sozinhos!

É frequente ver homens, que após um divórcio ficam sozinhos, refazerem a vida mais rapidamente do que as mulheres. Não porque superem mais rápido, mas porque têm uma necessidade, quase instintiva, de preencher o vazio que a separação deixa. Para muitos, a solidão não é um lugar de refúgio ou crescimento, mas um território desconhecido e desconfortável. Durante anos estiveram acostumados a ter alguém ao lado – uma presença no sofá, uma voz no fim do dia, uma rotina compartilhada. 

Quando tudo isso desaparece, o silêncio pode ser ensurdecedor. E, para escapar desse vazio, buscam companhia, mesmo que ainda estejam em pedaços por dentro.

Diferentes das mulheres – que muitas vezes vivem o luto do relacionamento com intensidade, mergulham na dor e renascem mais fortes –, eles tendem a fugir desse enfrentamento. Não foram ensinados a lidar com a vulnerabilidade. Desde cedo, aprenderam a ser fortes, a seguir em frente, a não demonstrar fragilidade. Então, em vez de se permitirem sentir, procuram distrair-se. E, muitas vezes, a maneira mais fácil de fazer isso, é através de um novo relacionamento.

Não é que a ex-esposa seja esquecida rapidamente, ou que o amor desapareça do dia para a noite. Mas a necessidade de pertencimento, de estar com alguém, de reconstruir a rotina, fala mais alto. O novo relacionamento pode ser um reflexo disso – não necessariamente um recomeço verdadeiro –, mas um alívio momentâneo para a dor da ausência.

No fundo, a rapidez com que refazem a vida pode ser apenas uma tentativa de provar a si mesmos que continuam no controle, que ainda são desejáveis, que podem seguir adiante sem se perderem na solidão. Mas o coração tem o seu próprio tempo. E, mais cedo ou mais tarde, as emoções não resolvidas, sempre encontram um jeito de se fazer ouvir. 

segunda-feira, 21 de abril de 2025

RAINHA ISABEL II

Completam-se hoje 99 anos sobre o nascimento da Rainha Isabel II. Nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e foi a monarca do Reino Unido e da Commonwealth de 1952 a 2022, tornando-se a soberana com o reinado mais longo da história britânica, ao longo de 70 anos.

Sagrou-se rainha em 6 de fevereiro de 1952, após a morte de seu pai, Jorge VI. Em 1947, casou-se com Filipe, Duque de Edimburgo, com quem teve quatro filhos, incluindo Carlos III, o seu sucessor.

Liderou o Reino Unido durante grandes mudanças, como a descolonização, a Guerra Fria, e a saída do Reino Unido da União Europeia. Faleceu em 8 de setembro de 2022, no Castelo de Balmoral, na Escócia.

Isabel II foi uma figura de estabilidade e continuidade, mantendo a monarquia com elevado significado em tempos de transformação política e social. O seu reinado foi marcado por um forte senso de dever e serviço público, sendo amplamente respeitada no Reino Unido e no mundo. 

sexta-feira, 18 de abril de 2025

TERRAMOTO DE SÃO FRANCISCO


O terramoto de São Francisco foi um dos mais devastadores da história dos Estados Unidos. Ocorreu em 18 de abril de 1906, às cinco e doze da manhã, com uma magnitude estimada de 8,0 na escala de Richter. O epicentro foi próximo de São Francisco, e o abalo sísmico foi sentido desde Oregon até Los Angeles.

O sismo durou cerca de um minuto e meio, causando o colapso de edifícios e infraestrutura. O incêndio subsequente, provocado por ruturas em tubagens de gás, devastou a cidade por quatro dias, destruindo cerca de 28.000 edifícios. Morreram, aproximadamente 3.000 pessoas, e cerca de 250.000 ficaram desalojadas. O prejuízo económico foi estimado em 350 milhões de dólares, uma quantia gigantesca para a época.

O desastre mudou completamente a cidade de São Francisco. Após o terramoto, houve um grande esforço de reconstrução, e novas normas de engenharia sísmica foram implementadas para evitar tragédias semelhantes no futuro. 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

"A vida não é o que se vive, mas o que se recorda e como se recorda para contá-la."

Gabriel García Márquez faleceu em 17 de abril de 2014, na Cidade do México, há precisamente 11 anos. Nascido em 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia, foi um escritor, jornalista e ativista, considerado um dos maiores autores do século XX.

É considerado um dos principais representantes do realismo mágico, um estilo literário que mistura elementos fantásticos com descrições realistas. A sua obra mais famosa, "Cem Anos de Solidão", publicada em 1967, é um dos livros mais influentes da literatura mundial. Outro romance icónico é "O Amor em Tempos do Cólera", inspirado na história de amor dos seus próprios pais.

Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1982, como reconhecimento do impacto da sua obra. Além da literatura, teve uma forte atuação política e jornalística, sendo amigo de grandes líderes mundiais, como Fidel Castro, e defensor de várias causas sociais. 

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A OFENSA DO LIVRE

Há muito que deixei de ver debates políticos com assiduidade. Em cada campanha eleitoral procuro selecionar um ou outro confronto entre partidos que me possa trazer alguns esclarecimentos, ou que pela sua envolvente encerre algo expectante que me desperte curiosidade. Foi o que aconteceu na sexta-feira passada, dia 11 de abril de 2025, no frente a frente entre a AD e o LIVRE, transmitido pela TVI, após o Jornal da Noite.   

Esta minha bisbilhotice advinha de ser um dos debates que Luís Montenegro não lhe apeteceu fazer, delegando em Nuno Melo, sob um pretenso exercício de democracia interna da “AD – Coligação PSD/CDS”. Recorde-se que esta denominação aprovada pelo Tribunal Constitucional, surge na sequência da recusa do nome inicialmente pretendido de “AD – Aliança Democrática – PSD/CDS”, alegando que podia induzir em erro os eleitores, já que desta vez não inclui o Partido Popular Monárquico (PPM), ao contrário do que aconteceu nas eleições de há um ano (março de 2024).   

Certo ou errado, o entendimento sobre estes debates é que eles ocorram entre candidatos a Primeiro-Ministro, condição que Nuno Melo não reúne. Foi assim que interpretou Rui Tavares, líder do Livre e candidato a chefe do governo pelo seu partido, indigitando a sua líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes, a participar no confronto.

Nuno Melo começou o frente a frente ao ataque, numa tentativa de dissimular o seu ego ofendido, e puxando dos galões como primeira figura do CDS. Talvez esquecendo-se que antes desta coligação o seu partido não tinha representação parlamentar, como mais à frente Isabel Mendes Lopes lhe recordou, usou a antiguidade do seu partido como um estatuto que deveria ser respeitado, face à juventude dos dez anos de existência do Livre.

Apesar de todas as oportunidades que a moderadora Sara Pinto lhe proporcionou, Nuno Melo não apresentou uma única medida concreta que a coligação se propõe desenvolver se for governo. Será que como figura secundária deste grupo político ainda não dispõe da informação necessária e suficiente para se comprometer?

Mesmo que esta especulação possa ter algum fundamento, deve-se esperar mais de alguém com o seu trajeto político. Provavelmente, por ter entrado cedo na vida política, não teve tempo de tirocinar em contexto real de trabalho os conhecimentos que o seu curso lhe deve ter dado, tais como não intimidar os seus interlocutores, nem se dirigir a eles de dedo em riste, como fez sistematicamente neste debate.

Perante cada questão colocada pela moderadora, esquivava-se aproveitando o seu tempo para acusar o Livre pela queda do Governo, ao alinhar as suas posições com outros partidos, ou criticando as posições defendidas pelo seu líder, por vezes de forma grosseira, como quando sugeriu a Rui Tavares que despisse o seu fato de esquerdista e se vestisse como historiador.

Tudo o que aqui afirmo, embora nada me mova contra Nuno Melo, pode ser confirmado nos portais televisivos aonde o debate se encontra disponível na integra. Não é meu objetivo defender qualquer causa política, ou ideologia, mas a escolha de seguir uma carreira política foi deste advogado, e não minha. Como cidadão que paga os seus impostos e participa na vida política do país, ainda que apenas como eleitor, sinto-me defraudado quando vejo indivíduos maduros, a quem pagamos para dirigirem o nosso país, terem comportamentos dececionantes como este senhor teve na passada sexta-feira.

No final deste debate ressalta uma atitude de despeito de Nuno Melo, característica daqueles que se julgam mais do que aquilo que são. Para um líder de um grupo político com os pergaminhos que evocou, não se fazendo rogado logo no início do confronto, um pouco de humildade seria desejável e útil, sobretudo para aprender com os erros que alguns dos seus antecessores cometeram, conduzindo o partido a uma sombra da dimensão que teve no passado, fazendo esquecer o importante papel que teve na construção da democracia do país.

 

"Nada neste mundo consome mais rapidamente um homem que a paixão do ressentimento."

Friedrich Nietzsche (filósofo, poeta e compositor prussiano)


segunda-feira, 14 de abril de 2025

ANÓNIMO












“Um jovem candidatou-se a um cargo de alto nível numa grande empresa. Passou na entrevista inicial e teve a última entrevista com o diretor. O diretor viu o seu CV, que era excelente, e perguntou-lhe:

- Recebeste alguma bolsa na escola?

O jovem respondeu - Não.

- Foi o teu pai que pagou pela tua educação?

- Sim - respondeu ele.

- Onde é que o teu pai trabalha?

- O meu pai trabalha como serralheiro.

O diretor pediu ao jovem para mostrar as suas mãos.

O jovem mostrou as suas mãos suaves e perfeitas.

- Já ajudaste o teu pai no trabalho dele?

- Nunca, os meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.

O diretor disse-lhe:

- Tenho um pedido a fazer-te. Quando hoje voltares para casa, lava as mãos do teu pai. E vem ver-me amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a possibilidade de conseguir o trabalho era alta!

Quando voltou para casa, pediu ao pai para o deixar lavar-lhe as mãos. O pai achou estranho, mas com uma mistura de sentimentos, estendeu as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos do pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos do pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que a pele se arrepiou quando ele as tocou.

Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado destas mãos que trabalham todos os dias para pagar a sua educação. As contusões nas mãos eram o preço que o pai teve de pagar pela sua educação e pelo seu futuro.

Depois de limpar as mãos do pai, o jovem ficou em silêncio a organizar e a limpar a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo período de tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi encontrar-se com o diretor. O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do rapaz quando perguntou:

- Podes dizer-me o que fizeste e aprendeste ontem em casa?

O rapaz respondeu:

- Lavei as mãos do meu pai e também acabei de limpar e organizar a sua oficina. Agora sei o que é valorizar e reconhecer. Sem os meus pais, eu não seria quem sou hoje... Ao ajudar o meu pai, agora percebo o quão difícil e duro é fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.

O diretor disse:

- Isso é o que procuro no meu pessoal. Quero contratar alguém que possa apreciar a ajuda dos outros, alguém que conheça o sofrimento dos outros para fazer as coisas e que não coloque o dinheiro como o único objetivo na vida. Estás contratado.

Se os pais protegem constantemente os filhos e satisfazem todos os seus desejos, eles podem desenvolver uma mentalidade egoísta e ignorar os esforços dos pais. Isso pode ser prejudicial para o desenvolvimento da criança. Dar coisas materiais é importante, mas os pais também devem envolver os filhos em tarefas domésticas e ensiná-los a valorizar o trabalho árduo e a colaboração” 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

LYNDON B. JOHNSON

Lyndon B. Johnson foi o 36º presidente dos Estados Unidos, servindo de 1963 a 1969. Em 11 de abril de 1968, assinou a Lei dos Direitos Civis, um marco na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Assumiu o cargo após o assassinato de John F. Kennedy e foi reeleito em 1964. É conhecido pela sua ambiciosa agenda de reformas sociais chamada "Grande Sociedade", que incluiu programas como Medicare, Medicaid e outras iniciativas para combater a pobreza e promover a igualdade racial.

Também foi responsável por importante legislação no âmbito dos direitos civis, como a Lei dos Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos de Voto de 1965. No entanto, a sua presidência foi marcada pela crescente controvérsia em torno da Guerra do Vietnam, que gerou protestos significativos nos Estados Unidos.

Antes de ser presidente, Johnson foi senador e vice-presidente. Era conhecido pela sua personalidade forte e habilidade política, frequentemente chamada de "tratamento Johnson", que envolvia persuasão intensa para alcançar os seus objetivos. 

quinta-feira, 10 de abril de 2025

ZANGAM-SE AS COMADRES…

Existem situações que são completamente previsíveis. O desfecho da relação de Donald Trump com Elon Musk era algo que qualquer indivíduo, com um mínimo de senso comum, conseguia antecipar. Neste caso, poder-se-á recriar o provérbio “zangam-se as comadres, sabem-se as verdades”, para uma nova formulação: perante a realidade, zangam-se as comadres!

Musk e Trump têm algumas coisas em comum, tais como serem empresários bem-sucedidos, e líderes incontestáveis, com estilos peculiares e diferenciados. A genialidade de Musk assenta numa firme determinação de realizar projetos inovadores, mas nem sempre alicerçados em planos de desenvolvimento bem delineados e ponderados. Contudo, a sua apetência para resolver problemas globais, dota-o de uma capacidade extraordinária para ultrapassar os obstáculos que surgem ao longo da execução dos projetos.

Trump é conhecido pela sua autoconfiança e desejo de alcançar grandes objetivos, tanto nos negócios, quanto na política. Demonstra uma forte determinação em liderar e vencer, evidenciando um gosto insaciável de estar no centro das atenções, tendo uma habilidade natural para atrair a atenção do público, em discursos ou interações.

Visto como alguém que toma decisões rápidas e objetivas, muitas vezes desafiando normas estabelecidas, a sua abordagem direta e, por vezes, confrontadora, gera tanto apoio quanto críticas. É resiliente diante de controvérsias e mantém a sua posição com firmeza, utilizando uma forma de comunicação simples e acessível, por vezes bastante polarizadora.

Pese embora ambos apresentarem traços de personalidades com alguma dose de loucura, a sua essência é bastante diferente. Musk possui uma formação académica concretizada em dois bacharelatos, um de Física e outro de Economia, e uma curta frequência de um doutoramento em Física Aplicada. Não possuindo, por formação, uma visão muito holística do mundo, os conhecimentos que adquiriu formataram-no para tomar decisões assentes em factos e raciocínio lógico, ainda que num contexto muito próprio.

Trump concluiu um bacharelato em Economia, depois de ter completado o ensino médio na Academia Militar, aonde desenvolveu competências de liderança e disciplina. Porém, pela sua personalidade vincada, o estabelecimento dos seus limites raramente tem em conta os limites dos outros. Não demonstrando interesse por outros temas, o seu foco cinge-se aos objetivos dos seus negócios, geridos por uma intuição que raramente o deixa ficar mal. Cético perante quase todas as áreas da ciência, guia toda a sua ação pelo instinto, que algumas vezes o trai.

O início deste namoro improvável correu bem enquanto os bolsos quer de um, quer de outro, não começaram a sofrer. Musk começou a fazer algum trabalho sujo que Trump pretendia levar a cabo, como foi o caso da reforma governamental que incluia despedimentos em massa de funcionários públicos, visando reduzir significativamente os gastos federais e eliminar subsídios, promovendo uma reestruturação administrativa.

O caso mais mediático foi o encerramento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Esta medida gerou controvérsia, com críticos argumentando que o fecho da USAID violaria a Constituição, já que a agência foi criada pelo Congresso e depende da sua aprovação para mudanças significativas. O impacto desta decisão gerou enormes preocupações pelas repercussões que implica em programas de ajuda humanitária e de desenvolvimento global.

Quando as vendas e as ações da Tesla começaram a cair, Trump não hesitou em ser protagonista de um anúncio televisivo em que aparecia enaltecendo as excelentes prestações de um Tesla vermelho, contrariando tudo o que se sabe serem as suas preferências por viaturas topo de gama de construtores europeus.

Até que o verniz estalou no início desta segunda semana de abril. Peter Navarro, conselheiro económico do presidente dos Estados Unidos, numa entrevista à cadeia CNBC, disse que o processo de fabrico da Tesla consistia apenas na assemblagem de peças.

Nesta entrevista, Navarro afirmou que Elon Musk “não é um fabricante, mas sim um montador de automóveis” e criticou a dependência de peças estrangeiras na produção dos veículos elétricos da Tesla. Disse ainda que na fábrica do Texas, boa parte dos motores que ele utiliza têm origem no Japão e na China, e toda a eletrónica em Taiwan. Este conselheiro económico, defende o plano de tarifas da administração Trump como forma de proteger a indústria norte-americana.

A reação de Elon Musk não se fez esperar, chamando “perfeito idiota” a Navarro, e acusando-o de ser “mais burro do que um saco de tijolos”, e defendendo a Tesla como “o fabricante automóvel mais verticalmente integrado dos Estados Unidos, com a maior percentagem de componentes produzidos no país.

A deterioração da relação entre Musk e o Trump começou quando o primeiro abandonou o cargo de líder do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), na sequência de desentendimentos sobre as orientações estratégicas do departamento.

Parece que este namoro está a chegar ao fim, antes do anúncio do noivado. Vaidade e poder podem agradar a Musk, mas sem que isso lhe mexa nos bolsos. Para Trump pouco importa, pois seguirá o seu caminho, transformando Musk em mais um dos muitos despojos de guerra que semeou durante a sua vida.

Pensando melhor, acho que o Musk até me daria jeito para dar títulos às minhas crónicas. Falo eu em comadres zangadas, quando estamos perante um namoro que se rompeu! Não há pachorra…

 

"Os homens são guiados por interesses, e não por princípios."

Napoleão Bonaparte (imperador francês)

VISITA À FAMÍLIA

Chegou o momento de fazer uma pausa. Até ao final de junho a minha atividade neste blogue será menos regular, com alguns apontamentos pontua...