Porque o homem esquece, mas a história não, não será demais recordar que há precisamente 77 anos, a 15 de maio de 1948, começava a Guerra Árabe-Israelense, logo após a declaração de independência de Israel.
Os países árabes vizinhos — Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e Arábia Saudita — rejeitaram a criação do Estado de Israel e lançaram uma ofensiva militar contra o novo país.
O conflito
foi um desdobramento da Guerra Civil na Palestina Mandatária (1947-1948), que
já havia gerado tensões entre judeus e árabes palestinianos. A guerra resultou
na vitória israelense, consolidando o Estado de Israel e alterando
significativamente a geopolítica da região. Israel conseguiu expandir o seu
território além do que havia sido proposto no Plano de Partilha da ONU,
enquanto a Jordânia ocupou a Cisjordânia e o Egito assumiu o controle da Faixa
de Gaza.
O conflito
terminou oficialmente em 10 de março de 1949, após uma série de acordos de
armistício assinados entre Israel e os países árabes envolvidos. Esses acordos
consolidaram a vitória israelita e redefiniram as fronteiras da região.
Como principais
consequências, destaca-se a expansão territorial de Israel para além das áreas
previstas no Plano de Partilha da ONU, conquistando cerca de mais cinquenta por
cento de território que seria destinado ao futuro Estado da Palestina.
Este facto juntamente com a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, pela Jordânia e pelo Egito deu lugar à criação do problema dos refugiados palestinianos. Centenas de milhares de palestinianos foram desalojados das suas terras, dando origem à questão dos refugiados, que permanece um dos temas centrais do conflito árabe-israelense. Esta guerra estabeleceu um padrão de hostilidade entre Israel e os países árabes, levando a novos conflitos nas décadas seguintes.
Sem comentários:
Enviar um comentário