"A revolução é o pensamento levado à ação."
Mais uma
frase de Victor Hugo, que reflete a sua faceta de interventor político e
lutador pela liberdade.
Em 18 de
março de 1871, iniciava-se a Comuna de Paris, uma insurreição popular que tomou
o poder em Paris até maio desse ano, após a derrota da França na Guerra
Franco-Prussiana. Victor Hugo, apesar de ser um republicano e defensor da
democracia, não foi diretamente um comunardo. Embora não fosse socialista, ele defendia
os direitos dos trabalhadores e condenava o massacre dos comunardos, que foram
fuzilados em massa após a queda da Comuna. Na sua obra O Ano Terrível
(1872), ele denuncia a violência do governo de Versalhes contra os
revolucionários.
Também durante a Revolução Francesa de 1848, que levou à queda do rei Luís Filipe e à criação da Segunda República, Victor Hugo foi um político ativo. Eleito deputado da Assembleia Constituinte, inicialmente apoiava o governo republicano moderado de Luís Napoleão Bonaparte (sobrinho de Napoleão). No entanto, com o tempo, tornou-se um forte opositor da repressão violenta contra os trabalhadores durante as Jornadas de Junho (1848), onde milhares de operários foram massacrados. Esses acontecimentos marcaram profundamente o seu pensamento e a sua literatura. Em Os Miseráveis (1862), retrata a luta do povo francês, especialmente nas barricadas de 1832, mas a obra também ecoa o espírito revolucionário de 1848.
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