O grupo 1143 pretendia “manifestar-se” no Martim Moniz, em pleno 25 de Abril, mas o que estava planeado era outra coisa: provocar, alimentar o conflito, criar uma narrativa falsa de vitimização.
Os imigrantes
que vivem na zona não estavam minimamente preocupados com o “porco assado” ou
com as provocações. Estavam — como todos nós deveríamos estar — a viver o seu
dia, com dignidade e em paz.
Quando não
conseguem encontrar violência, fabricam-na.
Se não for
contra imigrantes, será contra quem ousar passear livremente com um cravo na
mão.
É sempre o
mesmo truque antigo: infiltrar, provocar, agredir, culpar o outro.
E é aí que
vemos a verdade: estes homens, que se acham “machos”, não passam de covardes.
Covardes que
precisam da força bruta para esconder a fraqueza moral.
Covardes que,
sem a manada, talvez não aguentassem nem um bom jogo de pernas de uma mulher
corajosa.
Esses homens,
que se acham “machos”, são apenas covardes.
Homens assim
batem em mulheres. Homens assim precisam de uma manada para se sentirem fortes.
Homens assim
nunca aguentariam a coragem de uma mulher frente a frente.
Aqui não há
bandeiras políticas: há apenas um princípio humano.
Não tolero
covardes. Não tolero quem usa a violência para impor o medo.
E não me
importa se vêm da extrema-direita, da extrema-esquerda ou de qualquer outro
extremo.
Quem não sabe
respeitar o próximo, quem não sabe coabitar em liberdade, não é gente.
É pior que
bicho — porque até os animais, muitas vezes, sabem ser mais racionais.
Liberdade
nunca será sinónimo de violência.
Liberdade é respeito.
Sem comentários:
Enviar um comentário