quarta-feira, 30 de abril de 2025

ANA CRISTINA PASSOS FERREIRA

O grupo 1143 pretendia “manifestar-se” no Martim Moniz, em pleno 25 de Abril, mas o que estava planeado era outra coisa: provocar, alimentar o conflito, criar uma narrativa falsa de vitimização.

Os imigrantes que vivem na zona não estavam minimamente preocupados com o “porco assado” ou com as provocações. Estavam — como todos nós deveríamos estar — a viver o seu dia, com dignidade e em paz.

Quando não conseguem encontrar violência, fabricam-na.

Se não for contra imigrantes, será contra quem ousar passear livremente com um cravo na mão.

É sempre o mesmo truque antigo: infiltrar, provocar, agredir, culpar o outro.

E é aí que vemos a verdade: estes homens, que se acham “machos”, não passam de covardes.

Covardes que precisam da força bruta para esconder a fraqueza moral.

Covardes que, sem a manada, talvez não aguentassem nem um bom jogo de pernas de uma mulher corajosa.

Esses homens, que se acham “machos”, são apenas covardes.

Homens assim batem em mulheres. Homens assim precisam de uma manada para se sentirem fortes.

Homens assim nunca aguentariam a coragem de uma mulher frente a frente.

Aqui não há bandeiras políticas: há apenas um princípio humano.

Não tolero covardes. Não tolero quem usa a violência para impor o medo.

E não me importa se vêm da extrema-direita, da extrema-esquerda ou de qualquer outro extremo.

Quem não sabe respeitar o próximo, quem não sabe coabitar em liberdade, não é gente.

É pior que bicho — porque até os animais, muitas vezes, sabem ser mais racionais.

Liberdade nunca será sinónimo de violência.

Liberdade é respeito. 

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